sexta-feira, 16 de novembro de 2007

11.

Dá-me o teu peito, leito para os meus desejos e almofada dos meus medos. Sabes bem como me pesa a cabeça da estranheza do dia sozinho, dos segundos sem sussurros, da vontade de te dizer-tudo-aquilo-que-não-te-digo. Se estivesse no teu peito, podia dizer-te baixinho, à caixa torácica, o quanto quero gerir os meus dias pelas subidas e descidas dela. Soprar-te-ia, num murmúrio, o quanto te quero os dedos nos meus. Os pulmões, esses, deixariam o ar envenenado por esse pensar-em-ti-viciado.

1 comentário:

MM disse...

Há pessoas deveras viciantes :P

Hasta**