sábado, 6 de outubro de 2007

5.

Deixa-te assim, ficar aí, para que te contemple. Dispo-te com os olhos, e não sei do que és feito. Não me interessa. Faço-te cada linha, traço, curva. Sei de que formas vestes os teus dedos. Cada um. Sei de que modo os agitas e remexes. Como pegas no que tomas para ti. Sei-te a forma das unhas, das cutículas, dos nós. Adivinho-te o toque, prendo-me ao malabarismo dos teus dedos. Dispo-te as mãos, querendo fazer-las minhas.

Sem comentários: